Um dos grandes resultados de Name foi contra ninguém menos que o grande (Henrique Mecking) Mequinho
Créditos Fotos:
Nas palavras do amigo Álvaro Aranha:
Parece que foi ontem,mas era julho de 2004 na minha estreia por Ribeirão Preto nos Jogos Regionais de Matão.Depois de ganharmos o título,saímos pra comemorar eu,o Name e o Canarinho,entre uma cerveja e outra,faziam planos para o futuro, e contavam histórias do passado,enfim foi uma madrugada inesquecível,onde eu comemorava o título e a amizade que ali nascia.A equipe aquele ano era formada,pelo Name,Canarinho,Chiquinho(Xico Xadrez) e eu.Infelizmente,hoje me dei conta que só sobrou eu.Confesso que vai ser dificil jogar os jogos sem o Gabriel....Vou tentar fazer o meu melhor até para oferecer o título como homenagem pra ele,mas nâo vai ser a mesma coisa....Nunca mais será igual.....A dor é da perda de um parente próximo,dói muito.O Gabriel foi um dos maiores gênios que conheci,mas acima de tudo ele era bom e puro,qualidades raras nos dias de hoje.A última vez que estive com ele há cerca de 1 mês atrás,saí com a sensação de que estaríamos juntos novamente nesses Regionais,era o Name de sempre,apesar de mais magro a lucidez era a mesma.Infelizmente Deus não quis assim,foi-se um anjo que passou pela terra e encantou a todos que tiveram o previlégio de conviver com ele.Quero me solidarizar com a família e em especial a querida Daniela Salim que tanto fez por ele e me recebeu tão bem nessa última visita.Fique tranquila Daniela,que apesar de ele não estar mais entre nós,jamais se apagará a memória dos feitos e histórias fantásticas que o Gabriel deixou para nós....Vá com Deus amigão!
E nas palavras do grande GM Krikor S. Mekhitarian:
Em 2004, no Paulista Absoluto em Americana, joguei pela primeira vez com Gabriel Name. Eu já o conhecia há anos, e já tinha ouvido sobre suas histórias inusitadas, já tinha visto suas ideias arrojadas de abertura e algumas de suas partidas curiosas.
Diziam que uma vez (durante uma partida?), ele deixou o famoso cigarro de palha queimar uma parte de seu cabelo, talvez por causa daquele seu jeito desligado e engraçado, que, para mim, transparecia uma inocência única.
Mas voltando àquele 12 de Junho de 2004 (quase que exatamente 9 anos atrás), eu jogava de pretas, e estava curioso pra ver o que ele iria inventar contra a índia do rei.
Pois bem, na variante clássica, depois de 1.d4 Cf6 2.c4 g6 3.Cc3 Bg7 4.e4 d6 5.Cf3 O-O 6.Be2 e5 7.O-O Cc6 8.d5 Ce7 9.Ce1 Cd7 10.Cd3 f5 11.f3 f4, o ingênuo e então jovem autor que vos fala, pronto para começar a empurrar os peões da ala do rei, vê em sequência: 12.Rf2!, 13.Re1!, 14.Rd2! e daqui a pouco 17.Rc2!.
E aí, como que eu ataco esse rei, agora que eu já fechei o centro? abrir a ala da dama deu super errado, fiquei inferior, claramente inferior e logo completamente perdido, com 1, 2, 3 peões a menos, super dominado. Só escapei por muita sorte no fim.
Depois ouvi falar que ele já tinha ganho uma partida boa com essa mesma ideia do MI Cícero Braga.
Fiquei muito chocado, surpreendido com aquela ideia tão diferente e exótica de jogar O-O, esperar que eu feche o centro com 11...f4 e logo sair correndo com o rei. Até hoje, sempre conto para as pessoas como a ideia mais criativa (e consistente) que já foi jogada comigo.
Hoje busquei no ChessBase e não encontrei ninguém que houvesse jogado esse 12.Rf2 na história (minha partida com o Name não tá na base, nem essa outra que citei).
Fico curioso para saber quem será o primeiro a estreá-lo... seja em homenagem a ele ou não.
Segue a partida: http://www.viewchess.com/cbreader/2013/6/9/Game7657012.html
Valeu Gabriel Ricardo Salim Name!
Em 2004, no Paulista Absoluto em Americana, joguei pela primeira vez com Gabriel Name. Eu já o conhecia há anos, e já tinha ouvido sobre suas histórias inusitadas, já tinha visto suas ideias arrojadas de abertura e algumas de suas partidas curiosas.
Diziam que uma vez (durante uma partida?), ele deixou o famoso cigarro de palha queimar uma parte de seu cabelo, talvez por causa daquele seu jeito desligado e engraçado, que, para mim, transparecia uma inocência única.
Mas voltando àquele 12 de Junho de 2004 (quase que exatamente 9 anos atrás), eu jogava de pretas, e estava curioso pra ver o que ele iria inventar contra a índia do rei.
Pois bem, na variante clássica, depois de 1.d4 Cf6 2.c4 g6 3.Cc3 Bg7 4.e4 d6 5.Cf3 O-O 6.Be2 e5 7.O-O Cc6 8.d5 Ce7 9.Ce1 Cd7 10.Cd3 f5 11.f3 f4, o ingênuo e então jovem autor que vos fala, pronto para começar a empurrar os peões da ala do rei, vê em sequência: 12.Rf2!, 13.Re1!, 14.Rd2! e daqui a pouco 17.Rc2!.
E aí, como que eu ataco esse rei, agora que eu já fechei o centro? abrir a ala da dama deu super errado, fiquei inferior, claramente inferior e logo completamente perdido, com 1, 2, 3 peões a menos, super dominado. Só escapei por muita sorte no fim.
Depois ouvi falar que ele já tinha ganho uma partida boa com essa mesma ideia do MI Cícero Braga.
Fiquei muito chocado, surpreendido com aquela ideia tão diferente e exótica de jogar O-O, esperar que eu feche o centro com 11...f4 e logo sair correndo com o rei. Até hoje, sempre conto para as pessoas como a ideia mais criativa (e consistente) que já foi jogada comigo.
Hoje busquei no ChessBase e não encontrei ninguém que houvesse jogado esse 12.Rf2 na história (minha partida com o Name não tá na base, nem essa outra que citei).
Fico curioso para saber quem será o primeiro a estreá-lo... seja em homenagem a ele ou não.
Segue a partida: http://www.viewchess.com/cbreader/2013/6/9/Game7657012.html
Valeu Gabriel Ricardo Salim Name!
Certamente Gabriel nos deixa inúmeras histórias, feitos e acima de tudo um bom exemplo de caráter e simplicidade, um abraço saudoso a todos os familiares e amigos, nas figuras da filha, Daniela Salim, e de um dos nossos grandes amigos em comum, seu João Kajiwara.

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